sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Preparação vocal - corpo

Continuando a série "saúde", vamos pra umas dicas de como cantar com o mínimo de desgaste possível.

Para se sentir confortável cantando, é fundamental que se aqueça não só a voz, mas também o corpo. Cantar coloca o seu aparelho respiratório pra trabalhar dobrado e envolve, no mínimo, para os que cantam sentadinhos, movimentos de ombros, costas, pescoço e praticamente todos os músculos do rosto; os "serelepes" ainda têm que incluir no pacote toda a movimentação de braços, pernas, etc.

Quanto menos tensão acumulada em qualquer uma dessas partes, menos esforço você fará para cantar.

O ideal para montar um programa de alongamento é, antes de mais nada, fazer uma avaliação postural para ver que tipo de exercício vai te ajudar mais - e, principalmente, quais evitar. Por exemplo: quem tem qualquer tipo de problema na parte superior da coluna (região cervical) tem que evitar certos tipos de movimentos, enquanto quem tem problema na parte de baixo da coluna (região lombar) tem que evitar outros tipos de movimento. Então preste bastante atenção nisso e não se meta a besta: procure um profissional para te orientar e não corra o risco de se machucar de bobeira.

Depois de montado esse programa de aquecimento, você verá que suas articulações estarão aquecidas, as costas estarão retinhas, ajudando você a respirar melhor.

A respiração é o "motor" do canto e, obviamente, quanto melhor esse motor funcionar, melhor será o aproveitamento da sua voz. Nos próximos posts, dicas de controle da respiração e aquecimento dos músculos do rosto e da boca.



Pra quem se interessar, recomendo todos os livros da fonoaudiólaga Mara Behlau e também o livro "Canto, uma expressão", de Mônica Marsola e Tutti Baê, com outras informações preciosas a respeito da fisiologia do canto.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Cigarro

Este é um post direcionado exclusivamente para dizer: Por favor,




Queridos fumantes,

ninguém aqui vai ficar fazendo sermão sobre os malefícios do cigarro e toda essa ladainha que vocês, com certeza, já estão cansados de saber. Também sei que é bom fumar um cigarrinho enquanto bebe uma cerva geladinha. Vocês têm todo o direito de curtir isso (e pagam pra isso), mas, POR FAVOR, fumem LONGE do cantor.

Não digo apenas em meu nome: tenho vários conhecidos e amigos cantores sentem os efeitos nocivos da fumaça do cigarro interferindo no seu trabalho, pois a respiração fica mais curta, o que faz com que a prega vocal faça um esforço excessivo, danificando-a a médio prazo. conheço até alguns cantores fumantes que não gostam da intereferência do cigarro na hora do show - a maioria só vai acender o primeiro do dia depois da apresentação. Atrapalha muito MESMO.

Eu parei de fumar há 8 anos, quando o otorrinolaringologista foi franco: "Ou você pára de cantar ou pára de fumar. Os dois juntos não dá porque a fisiologia da sua prega vocal não tem a menor resistência pra isso". Valeu a pena e eu recomendo, mas, se você não está interessado em parar, use seu bom-senso - que é muito mais eficaz do que qualquer lei proibitiva. Se você estiver muito próximo ao palco, afaste-se um pouco, procure um lugar mais ventilado - ou, pelo menos, tenha a bondade de jogar a fumaça para o lado OPOSTO. Não custa nada para você e ajuda MUITO o cantor.

Deveria ter feito esse post antes de estar com cordite (inflamação na corda vocal) e de desenvolver um nódulo nas pregas vocais! Dá-lhe fonoterapia...

Nos próximos posts, dicas de aquecimentos. Músico geralmente é meio preguiçoso pra isso e está erradíssimo.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Virando o jogo - final

O segundo show da noite é praticamente do outro lado da cidade. Ou melhor: no Centro.

Praticamente mais uma hora de trânsito - incrível como, às 23:00, pode haver trânsito ainda! Pelo menos a chuva tinha passado. Vem comendo uma bolachinha e uma maçã no caminho (e emporcalha o carro). Estaciona correndo, monta os equipamentos correndo, aquece correndo.

Respira fundo, tenta tirar o melhor proveito possível do cansaço e do estresse para ajudar na interpretação. Os olhos ardem com a fumaceira dos cigarros.




Tirinha (perfeita) de Clara Gomes - Bichinhos de Jardim




Olha pro público. Um clima gostoso. Escolhe Amy Winehouse pra começar fazendo graça. O pessoal gosta, aplaude, canta junto. Seguem outros hits. Mais aplausos. Animação. No meio da primeira entrada, uma moça pede para o amigo dar uma canja. Ele ficou nervoso na hora de cantar... mas valeu! Agradeceu demais no intervalo, abraçou-a e disse que não tinha noção de quanto ela o tinha feito feliz por tê-lo deixado cantar.


Segunda entrada: mais aplausos, mais pedidos, mais animação. Um casal se levantou pra dançar. Todos quiseram ouvir uma música da sua autoria. Aprenderam o refrão e cantaram junto.


Três bis. O último foi Mercedes Benz, cantado em cima de uma cadeira, com o bar todo em pé, cantando junto.


Moral da história:


OSO OSO OSO! DE VIRADA É MAIS GOSTOSO!


sábado, 25 de outubro de 2008

Virando o jogo - parte 1

Calor e trânsito. Duas coisas que a deixam profundamente irritada, nessa ordem. Teve que encará-los de frente naquele dia... que remédio?


Lugar longe. Marginal Pinheiros entupida - bem como todo o trajeto até ela. E aquele calor. E aquele indescritível fedor que o rio exala. Dá-se conta de que, naquele rítmo, nunca que ia conseguir começar o show às 21:00. Chuva torrencial que não refresca nada.


Sentiu que a pressão baixou um pouco. Ainda bem que levou uma maçã na bolsa: esse bar não só paga um cachê mixuruca como também não dá nada de consumação (só água e café). Tudo bem, tem suas vantagens... mas, para ela, tocar ali é como se fosse calçar um sapato um número menor. Tudo tão contido, baixinho, discreto... e ela tão expansiva! Como cansa esse esforço para se conter! Eram 20:45 quando passou pela Ponte Estaiada. Só chegaria a tempo se pegasse um helicóptero. E aquele calor insuportável. E o saco bem cheio.



Chegou 21:05 já pedindo mil desculpas. Já havia outro músico tocando em seu lugar. Ficou apavorada pensando que tinham chamado alguém por conta do seu atraso... mas foi erro de escala mesmo: segundo o chefe, o outro músico se confundiu. Leve bronca do chefe pelo atraso (ah, como ela ODEIA dar motivo pra qualquer reclamação!) e, já que aconteceu essa confusão, ele toca até às 21:45 e ela faria sua apresentação das 22:00 às 23:00. Remediado está.



Fala em espanhol com os gringos latinos. Fala inglês com o resto. Faz um repertório animado - o máximo possível dentro dos moldes do lugar. Aplausos tímidos (o que, para o lugar, já é um excelente indicativo). Um espanhol quer pagar um drinque, ela agradece muito, mas recusa não apenas por não poder consumir bebida alcóolica no local: meia-noite, começaria um outro show, em outro lugar. Aquele era só o primeiro turno.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Chão de Giz por Vânia Valerie (pronuncia-se "Valerrí)

Olá, amados demônios!

Sou Vânia Valerie (pronuncia-se Valerrí) e, a partir de hoje, farei análise das letras dos maiores sucessos do Barzinho. Vamos falar de Zé Ramalho, Djavan, Carlinhos Brown e demais ostras que produzem as mais famosas pérolas poéticas que inundam os "répi áuors" da vida, ok?


Vamos começar com a clássica, a inesquecível, a sempre pedida "Chão de Giz", do bardo Zé Ramalho. Observem bem:

"Eu desço dessa solidão, espalho coisas sobre um chão de giz. Há meros devaneios tolos a me torturar! Fotografias recortadas em jornais de folhas, amiúde. Eu vou te jogar num pano de guardar confete! Eu vou te jogar num pano de guardar confete!

Que tipo de porco guarda confetes de carnaval num PANO? Convenhamos que confete é uma praga: às vezes, no almoço do dia das mães, você encontra um deles dentro de um sapato ou da mochila. Até aí, tudo bem. Agora, guardar confetes num pano? Não serve um saco, uma caixa, uma lata? E mais: que tipo de crime alguém deve cometer para receber como penitência ser jogado num pano de guardar confete? Algo não muito suave, pois quem já levou uma "confetada" de alguma criança (de idade ou de cabeça) sabe que isso sufoca uma barbaridade, a porcaria do confete gruda na garganta! E outra: de que tamanho que é esse raio de pano? Ou o eu-lírico estaria nervosinho e compara a pequenez de seu desafeto a um mísero confete? Seja como for, é porco.



Espalho balas de canhão. É inútil, pois existe um grão-vizir.


"Espalho coisas sobe um chão de giz". Mais para frente temos a revelação de que são, especificamente, balas de canhão. Mas o que o grão-vizir tem a ver com isso? Será que ele se cansou de lutar com o Príncipe da Pérsia no joguinho que eu tinha no meu saudoso 386? Mesmo assim, ele lutava com espada... que interesse o levaria a querer balas de canhão - ainda por cima imundas, uma vez que estavam espalhadas sobre um chão de giz?

Há tantas violetas velhas sem um colibri! Queria usar, quem sabe... uma camisa de força ou de Vênus...


A essa altura da música, a criatura, que já emporcalhou o mundo com giz, recortes de jornal, balas de canhão e confetes (será que o cara vai ter a manha de recolher de volta os confetes que jogou no chão de giz pra colocar no pano de novo?), reconhece que é louco e depois quer uma camisinha. Ah, francamente! Quem quer transar com uma coisa porca dessas! E é desnecessário dizer que, pelo andar da carruagem, a camisinha, depois de usada, vai ser jogada no chão de giz também. Sem falar das violetas velhas, que nada têm a ver com o giz, nem com as balas de canhão, nem com os recortes, nem com os confetes, muito menos com o grão-vizir. E, com certeza, quando essas violetas morrerem vão ser mais um item no chão de giz.

...mas não vou me sujar fumando apenas um cigarro, nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom.

E, depois de toda essa porcaria, vai dizer que não vai se sujar fumando apenas um cigarro? O que são umas míseras cinzas e um toco perto de toda a sujeira que essa criatura já deixou? Não contente, vai regular beijo pra não gastar batom! Nem eu, que sou muquirana e odeio gastar, faço uma coisa dessas! Hum, pensando bem, se forem os de chocolate até faz sentido!


Agora pego um caminhão, na lona, vou a nocaute outra vez.

Bom, então vamos tentar esquecer o lixo acumulado e pegar uma carona. Opa! Tem uma luta de boxe no caminhão! Porque eu me recuso a acreditar que é um trocadilho de "estar na lona, ser nocauteado" com a lona do caminhão. Terminantemente!


Pra sempre fui acorrentado em seu calcanhar

E o que é que o caminhão ou o Maguila têm a ver com "estar acorrentado no calcanhar de alguém"? Como se acorrenta alguém a um calcanhar???? Já ser acorrentado pelo tornozelo, mas pra fazer isso no calcanhar, no mínimo, tem que colocar um piercing de cada lado pra amarrar algo - e, como nesse caso é uma pessoa que está acorrentada no calcanhar de outra, tem que ser um cadeado de cada lado do pé. Que tortura! Não é mais fácil e indolor só pisar em alguém sem acorrentar ao calcanhar?

Meus vinte anos de boy, that's over, baby! (Freud explica). Mas não vou me sujar fumando apenas um cigarro, nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom. Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval... e isso explica porque o sexo é assunto popular!



Depois de falar de batom, temos a reveleção de que é um "boy"... e chegamos à única frase da música que faz sentido: "Freud explica". E mais uma vez a boneca regula batom, regula cigarro... e fala da porcaria do pano dos confetes de novo. Se já passou o carnaval, por que ainda a criatura guarda o pano dos confetes? E DESDE QUANDO ISSO EXPLICA POR QUE O SEXO É ASSUNTO POPULAR????

No mais, estou indo embora."
Vai pela sombra!


Enfim, amados demônios de Tia Vânia, seria "Chão de giz" uma daquelas piadas em que a gente lê pulando uma linha para entender o verdadeiro sentido? Seria um hino com mensagens codificadas da antiga esquerda? Uma homenagem a Pedro e Bino? Um apelo do Greenpeace para denunciar a extinção dos colibris? Ou uma música que NINGUÉM entende, mas todo mundo diz "Oh! Essa é bonita!"?

No mais, Vânia Valerie (pronuncia-se Valerrí) fecha seu diário de bordo, toma seus florais de Bach e some do mapa até a próxima análise.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Kit de sobrevivência no barzinho

Há um tempinho, um leitor do Barzinho pediu umas dicas para começar a carreira de músico. Transcrevo aqui o mail que mandei pra ele. Espero que possa ser útil para mais pessoas e, claro, todos vocês que quiserem complementar as informações, já sabem: mande sua opinião nos comentários!


"Yo sobrevivo en los barzitos!"


"O mercado dos barzinhos não anda muito agradável: depois que teve esse lance da lei seca o movimento diminuiu, o lucro dos bares diminuiu e os primeiros que se ferraram foram os músicos. Temos também vários problemas com pagamento e estrutura, mas isso tudo pode ser
minimizado com algumas medidas.

- Em primeiro lugar, faça um levantamento dos bares de sua região que têm música ao vivo - e saiba quem é a pessoa responsável pela contratação do músico.



Depois, grave um CDemo simples, porém, caprichado, com 6 músicas no máximo e escreva um breve release seu (quando você começou a tocar, quem foram seus professores, suas influências, etc.). Deixe esse "kit" nos barzinhos.

Quanto ao trampo:

- tente conhecer o máximo possível o público do bar. Se der, vá uma noite lá tomar uma cerva e observar a galera, o tipo de som que rola, etc.

- divulgue o melhor que puder. Encha o saco dos amigos e da parentada!

- procure formar um repertório bem eclético: desde o que tá tocando no rádio até umas "pérolas" que todo mundo gosta, mas pouca gente canta.

- cuide bem do seu equipamento: tenha um bom violão, cabos em bom estado, cordas relativamente novas, etc. Isso tudo, além de melhorar o som, sempre dá uma impressão melhor.


E, mais importante que TUDO:

- vão existir noites em que tudo vai ser perfeito...
... outras em que tudo vai ser bizarro...


... outras que começam horríveis e terminam ótimas e vice-versa. Não deixe NUNCA sua auto-estima artística se abalar por causa de um dia ruim. Claro, quando eles acontecerem, sempre convém repassar o que aconteceu e, se possível, melhorar. Mas não se abale, isso é super normal.

- também vão existir noites em que o público vai cantar junto, dançar, se empolgar. Outras em que a porção de batatinhas disputa a atenção com você e ganha. Também não se abale com isso - é a cultura brasileira. Faça o seu melhor sempre, mas esteja ciente de que não é todo público que reconhece e aprecia isso.

- estude não só a técnica que cada música vai te exigir para ser bem executada: estude principalmente o que cada acorde, o que cada passagem diz no seu coração. Estude a letra, traduza-a, procure no dicionário palavras que você não conheça, estude sobre seu compositor,
seu intérprete, seu contexto histórico: absorva a música por inteiro, transforme-a em algo totalmente pleno de significado pra você. Sempre que você tocá-la, vai sentir de uma maneira muito mais intensa toda a emoção e, conseqüentemente, vai transmiti-la melhor e mais claramente. E, ainda por cima, mesmo quando ninguém no barzinho estiver prestando
atenção em você, a sua relação com a música que vc vai tocar será tão forte que acaba minimizando bastante esse "abandono".

- procure olhar nos olhos do público e transmitir tudo isso também com os seus olhos. Eles são espelhos da alma - ok, a frase é cafona, mas é muito importante que todo artista tenha consciência disso.


Quantos aos barzinhos:

- procure SEMPRE fechar um cachê fixo. Couvert sempre é furada: vc não tem como checar. Por mais que tente prestar atenção ao mesmo tempo no público que entra e no seu trabalho, uma hora algo dá errado, hehehe. Por mais que pareça atraente fechar couverts de sexta ou sábado, além você nunca ter certeza da grana de que vai dar, também você nunca pode ter certeza da grana a que você, realmente, tinha direito.



"Eu disse, Jack... couvert é furada, parceiro!"


- veja o cardápio antes de fechar uma consumação mínima pra você. Tem dono de bar que é muito filho da p... e quer te dar 10 contos de consumação... sendo que com isso vc não come nem um lanche vagabundo.

- cheque a aparelhagem de som do lugar e, se vc tiver que levar, aumente seu cachê.

- negocie estacionamento qdo for de carro para o lugar.

- estabeleça cachês por tempo de show (2h é tanto, 3h é tanto, etc.)


Desejo MUITO BOA SORTE a você!! E que, se esse é seu sonho, que você consiga realizá-lo da melhor forma possível! Sucesso, cara! Estarei na torcida!"

Lei 11.769: Educação Musical

Nunca pensei que alguma coisa vinda do Planalto Central iria me surpreender tão positivamente quanto essa lei! Muito menos se isso tivesse vindo de alguém com o sobrenome "Sarney" e sancionado por alguém com o sobrenome "Lula da Silva".


Mas eis que parece que nem tudo está perdido e, em agosto, aprovou-se a lei que dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino musical em toda a educação básica (ou seja, do infantil até o ensino médio). Na LDB, que fala da obrigatoriedade da "Educação Artística" na grade curricular, não há uma especificidade quanto ao segmento de arte a ser abordado - e a maioria das escolas opta pelas artes plásticas (e algumas chamam "Trigonometria" de "Educação Artística"). A 11.769 inclui definitivamente o ensino musical na grade curricular. As escolas terão 3 anos para se adaptarem a esse novo parâmetro. A lei também não estipula um conteúdo obrigatório, nem uma carga horária mínima. Já era hora, porém, há algumas coisinhas a se analisar com mais atenção a fim de que só tenhamos motivos para comemorar o fato de essa lei entrar em vigor.



Três anos é o tempo médio de duração do curso de Licenciatura em Educação Artística (habilitação em Música). Creio que os vestibulares este ano já serão bem mais concorridos do que quando eu prestei (2001) - mas não necessariamente mais criterioso. Uma boa parte do conteúdo de pedagogia musical que nos é passado no curso é muito, mas MUITO ultrapassada - levando em consideração que nos últimos 5 anos a indústria musical virou do avesso numa velocidade assustadora. Claro que todos os métodos podem ser reciclados e sofrer várias adaptações, mas, no caso da música, é preciso que se faça isso com urgência: não dá pra ficar passando jograis pra uma molecada que domina tantas mídias! Sem essa reciclagem, corre-se o risco de o tiro sair pela culatra e tornar o estudo da música algo chatíssimo e sem propósito.







Enquanto essa mudança não ocorre, cabe a cada professor de música que vai encarar uma sala de aula conhecer bem o universo musical dos seus alunos e adequar o ensino a cada faixa etária. E, principalmente, conseguir cativar o aluno que não tem aptidão ou vontade de aprender música.




Se essa lei for, de fato, cumprida e tivermos essa reformulação no modo como se ensina música, creio que teremos, em breve, uma geração um pouco mais criteriosa na hora de montar sua playlist!





A propósito: hoje irei deixar curriculuns em mais 4 escolas. Modéstia a parte, elaborei um curso de educação musical voltado para o Ensino Médio que está um arraso! Se algum coordenador/ professor/ diretor/ inspetor/ aluno se interessar, por favor, me escreva no gigia.vincenzi@terra.com.br para mais informações!


E deixo minha homenagem a todos os professores através do Mestre Madruga

Gravata

Tá bom, tá bom, eu sei que é totalmente off topic, eu sei que não faz sentido nenhum ter esse questionamento nesse blog, mas eis que me bate a dúvida:
Por que causa, motivo, razão ou circunstância os músicos andam se apresentando de gravata?




A gravata, tradicionalmente, é um símbolo de trabalhos "burocráticos", coisas de escritório, "burguesia"... e eis que a maioria das bandas dessa década (principalmente os bateristas) se apresenta de tênis, calça, no mínimo, dois números maior do que o habitual pra cada um, camisa toda fuleira... e gravata!


Estilo? Moda? Tendência? Babaquice? O que vocês acham?


A Joaninha, do Bichinhos de Jardim também não entende essa moda.